28 de outubro de 2009
19 de outubro de 2009
8 de outubro de 2009
7 de outubro de 2009
Minha poesia : Essência

Eu gostaria de saber,
como você fez meu mundo parar de seguir
e,o porque de eu não conseguir
entender você.
E eu ainda gostaria de saber,
porque seu olhos me penetram,
Lembranças suas me desconcertam
e sua boca me faz enlouquecer.
Meu amor flui sem interrupção,
e isso me apavora.
Como a tempestade lá fora,
escuto as batidas de seu coração.
Com sua boca junto a minha,
Os teus olhos juntos aos meus,
Com meus braços juntos aos teus,
-descobri- a essência que me continha.
By:Maurelline (ηαωσ-chan)
LIRIAL
Porque choras assim, tristonho lírio,
Se eu sou o orvalho eterno que te chora,
P'ra que pendes o cálice que enflora
Teu seio branco do palor do círio?!
Baixa a mim, irmã pálida da Aurora,
Estrela esmaecida do Martírio;
Envolto da tristeza no delírio,
Deixa beijar-te a face que descora!
Fosses antes a rosa purpurina
E eu beijaria a pétala divina
Da rosa onde não pousa a desventura.
Ai! que ao menos talvez na vida escassa
Não chorasses à sombra da desgraça,
Para eu sorrir à sombra da ventura!
ηαωσ-chan
CRAVO DE NOIVA
Ao Dias Paredes
Cravo de noiva. A nívea cor de cera
Que o seu seio branqueja, é como os prantos
Níveos, que a virgem chora, entre os encantos
Dum noivado risonho em primavera.
Flor de mistérios d'alma, sacrossantos,
Guarda segredos divinais que eu dera
Duas vidas, se duas eu tivera
Pra desvendar os seus segredos santos.
E tudo quer que nessa flor se enleve
O poeta. E que dessa concha armínea,
Da lactescência angélica da neve,
Se evolam castos, virginais aromas
De essência estranha; olências de virgínea
Carne fremindo num langor de pomas.
A OBSESSÃO DO SANGUE
Acordou, vendo sangue... Horrível! O osso
Frontal em fogo... Ia talvez morrer,
Disse. Olhou-se no espelho. Era tão moço,
Ah! Certamente não podia ser!
Levantou-se. E, eis que viu, antes do almoço,
Na mão dos açougueiros, a escorrer
Fita rubra de sangue muito grosso,
A carne que ele havia de comer!
No inferno da visão alucinada,
Viu montanhas de sangue enchendo a estrada,
Viu vísceras vermelhas pelo chão...
E amou, com um berro bárbaro de gozo,
O monocromatismo monstruoso
Daquela universal vermelhidão!
e é só.kissu kissu ηαωσ-chan